quinta-feira, 18 de outubro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
De todos os sorrisos que nós precisamos dar existe aquele
que sai com um gosto especial, um cheiro inesquecível e um tom enlouquecedor.
Alguns meio esquecidos outros acostumados e ainda os que saem apenas por sair,
mas este, este é um sorriso que fixa no corpo, que encoraja, nutri e compõe
nossas possibilidades e impossibilidades vividas.
De todas as escolhas que optamos em dar sentiremos
absurdamente seu peso, doerá desde as costas, até nossas partes mais íntimas e
o reflexo posterior que acarretará em escolhas futuras. Mas eu falo da escolha
primeira, do primário, não falo apenas sobre o fruto, mas sobre o contínuo
cuidado referente ao jardim plantado.
De todos os amores que sentimos o peito pulsar, existe o que
aprisiona todas as emoções, com as canções e sensações sentidas e percebidas,
mas existe o que é vivido, e acreditemos: isso é o mais importante. Mais que
amar, saber experiênciar o amor de maneira saudável, construtiva e renovadora.
De todas as pessoas que encontramos por aí existem as que
nos deixam meio de lado, as que nos viram a cabeça, nos remetem outras pessoas,
nos insinuam, nos ensinam, são mais velhas ou mais novas, mais interessantes,
mais engraçadas, um pouco tímidas, constrangidas, grandes ou pequenas, são
pessoas que nos constroem, nos dão um abraço, um sorriso ou um beijo, nos
levantam, nos dão a mão, um “bom dia”, nos sustentam.
Tudo o que temos é exatamente proporcional ao que precisamos
ter. Não há dor se não houver necessidade, nem sorriso por um propósito
irrelevante.
Sabemos de nossos suspiros e de nossas lacunas, construímos escadas,
muralhas e evidenciamos em nós mesmos a vontade que temos por quem amamos.
Aprendemos todos os dias, aprendemos olhando, sentindo,
sonhando, constatando ou simplesmente conhecendo o outro, o diferente. Sabe, de
todas as coisas que eu tenho eu sei as que me fizeram ser, ao invés de apenas
querer ser. Você é inacreditavelmente luz, luz dessas de se iluminar uma casa
escura, com porão e coisas a se jogar fora. Não há amor se não houver
necessidade partilhada, sei do amor que ocupa todo o teu peito e sei também da grandiosidade que
teu coração acolhe todos os dias, do que fica e do que precisa ir embora. Sei o
que enche teus olhos e o que escapa deles, ainda do teu sorriso bobo e das tuas
palavras sábias.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Se você conhece aquele suspiro assustador, então vai entender..
Se você conhece a dor que cobre e enclausura nossas verdades, vai entender..
Se corrige o que é incorrigível e assume as noções vivenciadas como comuns, vai me entender..
Caso você durma com as mãos sobre os olhos, como quem esconde qualquer coisa que seja, facilmente vai saber do que falo..
Ainda se anda por aí tentando sorrir um sorriso que já não saí, então é exatamente com você que falo, me dirijo, tento atenção e lamentavelmente meu pedido mudo não surte efeito.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Cheguei com aquele peso de todos os dias e com o ar que não saia de maneira sutil, cheguei com o tremor que incomodava até o que tenho de mais forte. De todas as dores que senti, ou que pensei ser dor, ou pensei que doía, esta me confunde com qualquer coisa que tenha um nome, me chama apenas por adjetivos destrutivos e ainda faz com que eu aceite sem palpite. Aquele vaso com flores de cheiro continua na janela, não as rego, porque sei que a minha morte respira apenas morte, suspira, transpira e assume esta posição. A vida que pensei um dia ter tido hoje é morte consumada e nem as flores que me destes faz com que este peso absurdamente doloroso saia das minhas mãos, da minha escrita.
Eu precisava te deixar um recado, um recado desses que a gente pendura na geladeira e tem a certeza de que vai ser lido: “eu sei a dor que carrego, sei dos dias que passam arrastados e ainda dos sorrisos que me deixaram aqui, sei da falta em todo o meu corpo e da vida que não cabe para ser vivida. Desloquei-me, sei apenas do que restou, do que dói, soluça e agride, dos restos que tenho, são estes os que podem ser escritos sem que cause danos maiores a quem escreve.”
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Sabe, cairia bem sentir teu calor todos os dias, tua voz rouca me brigando, quando a blusa é um pouco decotada, teus sentidos exacerbados, teus dias pra mim, nossas noites mais longas, teu sorriso me acordando e tuas mãos me fazendo dormir, nossa música tocando no fim da sala e nossos ouvidos interessados em escutar outra coisa. Cairia muito bem dias nublados sem muito que fazer, sentar ao meio dia apenas pra resolver o que comer, a que horas e em que compartimento fazê-lo. Então a gente abre a janela ao amanhecer, tapa um pouco os olhos, dar um sorriso, um abraço, um beijo de bom dia e um “eu te amo” tão gostoso de durar o dia todo. É, cairia muito, muito bem olhar teus olhos brilhantes todos os dias, te cantar uma música bonita e te acariciar as mãos, para que não fiques nervoso, te dizer palavras bonitas e te acolher entre meus braços, que te darão amor pra tua vida toda.